Pare um pouco. Olhe para a janela, olhe para as pessoas que passam. Saia do mundo da sua cabeça. Olhe ao mundo que está ao redor de sua cabeça. O que cada uma traz consigo? Será que são as mesmas angústias e alegrias? Preocupações e objetivos? O que grita em cada uma delas? O que cada uma grita?
A massificação trouxe a perda da identidade. E como o grito de socorro, como uma tentativa de sobrevivência de seu ser, o ser humano responde com individualismo e indiferença aos outros. O governo não consegue olhar para cada realidade, cada história, cada sonho. A mídia não consegue passar a verdade, generaliza e erra, julga com inverdades. A educação serve para igualar a todos. À quem resta olhar para cada um? À quem resta defender, acompanhar, cuidar, dignificar? O ser humano precisa ser olhado. Está no vazio dele. Está na solidão. Está no olhar que procura outro olhar.
O Amor nasceu e morreu para amar. Cada um. Cada ser.
Pela sua vida e sua morte, o nosso viver tornou-se digno.
E tornamos sua morte vã. Seu sacrifício vão. Sua verdade vã.
Quando, cada alma, não se deixa amar. Não se ama. Não consegue ser amada. Não tem um relacionamento de amor consigo mesma.
Não dá para deixar isso acontecer.
Pelo menos ame. Ame alguém hoje. Leve amor, de alguma forma, de algum jeito. Alivie a sensação de abandono, de solidão, de descuido, de indiferença. Perdoe, ajude, alivie a dor de alguém, dê um sentido. Dê o que você tem para dar. Para doar. Para parar de doer.
Ajude o Amor amar.