Esses dias, acompanhei os estudos da minha irmã e vi que ela estudava antônimos. Frio, quente, longe, perto, grande, pequeno, e além dessas palavras, percebi que na lista tinha novo e velho. Perguntei-me, será que novo e velho são realmente opostos? Precisam ser opostos?
Porque digo isso: juventude lembra novo, mudança, sagacidade. No entanto, é um novo tão novo que não deveria ser baseado no velho. Ou seja, somos um novo que não precisaria ser necessariamente contra, antagônico, e aversivo pelo que é considerado velho. Um novo que está para ser construído, e não que se constrói na direção contrária do que já foi construído.
Temos mais acesso à informação, e, portanto, a vários pontos de vistas, culturas e experiências. Entretanto, isso não nos garante a postura que freqüentemente adotamos, de sermos conhecedores da verdade, de ideologias e de valores, se não nos aprofundamos realmente nos assuntos. Promovemos o discurso do “politicamente correto”, do moderno, mas muitas vezes corremos o risco de sermos moralmente vazios, pois nossas ações não possuem sentido.
Levantamos a bandeira do anti-preconceito, porque temos que ser atualizados, mas temos preconceito com o que não é nossa bandeira, com o que é “ultrapassado”. Por exemplo, jovens que defendem a liberdade de expressão a favor dos gays, mas ofendem – praticam a “religiofobia” – com quem pertence a alguma religião ou quem opta pela castidade. Ué, castidade também não é uma opção sexual? Também não merece respeito e valor (veja mais em www.euescolhiesperar.com.br)?
Enfim, o tema em questão não é sexualidade, e sim questionar a ânsia que a juventude tem de negar o “velho” e abrir-se para o “novo”. Talvez o velho não seja ruim, e o novo não seja o melhor, pois se há práticas que penduram por tanto tempo, é porque, realmente, elas são importantes e fazem parte da existência humana.
Para ser de fato um novo para o mundo, não basta ser jovem, tem que ser livre. Livre na mentalidade e na alma, e isso só se consegue buscando a verdade. Como está escrito no livro de Romanos, "não vos conformeis com este mundo, mas transformai-o pela renovação do vosso espírito".
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